domingo, 29 de março de 2009

Aramar



Nome: Inês Florêncio Batista
Cidade: Almada
Blog: aramar.blogspot.com
Loja online: através do blog ou do flickr
Flickr: www.flickr.com/photos/aramar




Como descreverias o teu trabalho?

Essa é uma pergunta um pouco difícil e para a qual me costumam faltar sempre palavras, porque não tenho jeito para definições. Acho que faço peças simples e despretensiosas e das quais espero sempre que as outras pessoas gostem tanto quanto eu.



Como é que tudo começou?

Eu sempre gostei de fazer pequenas coisas desde muito nova, por isso experimentar o arame começou por ser mais uma experiência. Apeteceu-me, numa ida a uma loja de bricolage, comprar uma bobine de arame e uns alicates pequenos que estavam a um preço muito tentador. A partir daí, a destreza e o jeito foram aparecendo e fui evoluindo.



Como escolheste o nome do teu projecto?

Surgiu muito naturalmente, porque, sempre que ia fazer qualquer coisa com o arame, dizia que ia aramar. Tanto o disse, que me entrou na cabeça, e me pareceu a escolha lógica na altura de escolher um nome para o blog e para o projecto. Entretanto as peças diversificaram-se para outros materiais, mas nunca pensei em mudar o nome. Afeiçoei-me a ele.

Porquê fazer crafts? O que é que te motiva?

O que me motiva é o facto de me fazer feliz, para além de ser uma óptima forma de expressão. Acaba por ser uma coisa muito ligada à emoção, à intuição.



Os crafts são um trabalho a tempo inteiro? O que ocupa os teus dias?

Neste momento estou dedicada apenas ao artesanato e comecei, também, a frequentar um curso de cerâmica. Estou num momento de pausa do curso de Psicologia e está a saber-me muito bem passar o dia no atelier que tenho em casa e poder ser dona e senhora do meu horário de trabalho.



De onde vem a inspiração para os teus trabalhos?

Pode ser do meu próprio imaginário, como pode ser de coisas que vejo no meio que me rodeia. Por vezes até é o próprio material que serve de inspiração.

Onde é que encontras os materiais para os teus projectos?

Em retrosarias, lojas de produtos de madeira, lojas de bricolage... até no sotão da minha avó!



De todo o processo de produção das tuas peças qual é a parte que mais te agrada?

Especialmente quando já tenho uma ideia a martelar-me a cabeça há imenso tempo e consigo, finalmente, pô-la em prática. Isto quando corre bem, claro. Porque também há alturas em que acho que a ideia vai ficar espectacular e o resultado final fica sem piada nenhuma...

Como é que divulgas o teu trabalho?

Essencialmente, através da internet, mas também tenho peças à venda em algumas lojas físicas. E, claro, as feiras (apesar de participar em muito poucas) também têm importância, quanto mais não seja pelo contacto com os visitantes e clientes e pela quantidade de cartões que se podem distribuir num só dia. É um tipo de publicidade pouco dispendiosa e que também tem os seus frutos.



A internet tem um papel importante na divulgação do teu projecto?

Sim, tem o papel principal.

O que achas da actual moda do artesanato urbano?

Acho óptimo, porque se começaram a criar mais condições para a exposição de trabalhos e divulgação ao público. Por outro lado, começaram a surgir artesãos aos magotes e, na minha opinião, alguns deles a apostarem mais na quantidade do que propriamente na qualidade.



Que conselho darias a quem ainda anda à procura do seu próprio estilo nos trabalhos manuais?

Na minha opinião, a originalidade e a assinatura de um trabalho não provêm de um processo muito racional. Acho que a criatividade pode ser estimulada, mas não pode ser forçada. No entanto, para quem já tem o jeito, mas não sabe bem onde aplicá-lo o melhor mesmo é experimentar muita coisa e não ter medo de falhar. Hoje em dia as pessoas querem que saia tudo muito bem logo à primeira e o artesanato também se trata de muita tentativa e erro.



Podes partilhar alguns dos teus crafters favoritos?

Eu gosto de tantos que nem consigo nomeá-los a todos, mas posso nomear um projecto que encontrei há pouco tempo através da internet e que me deixou encantada. O projecto é brasileiro, chama-se Maria Berenice e, literalmente, dá-se a conhecer sobre rodas. A autora do projecto remodelou uma carrinha antiga e transformou-a numa loja que vai estacionando em vários pontos do Brasil. Um mimo.


Quais são os teus sonhos para o futuro?

Tenho tantos! Posso dizer que os meus sonhos são como as cerejas. Mal acabo de imaginar um, já tenho outro na calha. Se realizar uma pequena parte, já me vou considerar uma pessoa feliz!

2 comentários:

Guizito disse...

Obrigado Elsa por mais esta entrevista... Adorei!

Guizito disse...

Não me assuste srpariga... estão os dois bem ou o segundo sguiu «as patas» do primeiro?!

bjs